Páginas

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Janelas da alma




A noite parecia agradável, convertendo a angustia do sol em admiração pela lua
A lua estava lá, firme e forte, uma leve brisa toca seu corpo
Um alívio repentino tomava o lugar, um gosto amargo e refrescante ainda residia em meus lábios
Lembro-me do primeiro gole, o suor proclamava a angustia e o pesar da terra que aplacava sobre a humanidade.
Entretanto, a Lua dava-me o castigo de um amante eterno.

Uma bela mascara, escondia-lhe a face, vestindo suas expressões... Com um branco frio, inexpressivo e incrivelmente romântico.
A luz cor de prata refletia no único lugar visível de seu rosto, os olhos
Os olhos são a janela da alma, e como todo bom abrigo, deve existir uma janela
Aqueles olhos eram opostos a tudo que aquela máscara me propõe pensar
Enquanto sua superfície gelada e fria, branca como a neve se tornava tão gélida quanto o inverno do sul
Seus olhos refletiam a luz do luar com ardor e paixão, derretendo toda neve a sua volta

Não há como esconder o amor, quando seu oponente é a frieza da solidão.
Olhando o luar e a nuvens que passavam; As estrelas que brilhavam, uma leve brisa tocava-me a face,
Dançando delicadamente com as nuvens que viajavam pelo céu, as folhas das árvores eram sacudidas de leve, como uma mãe acaricia a cabeça de um filho ao dormir
Aquele olhar parecia fazer parte deste momento, natural e desprendido da solidão
A Lua tentava atingir lhe a face, escondida sob a superfície gélida e branca,
Deixando escapar apenas aquele olhar,
Onde a luz da lua pode revelar-me a verdadeira expressão do amor
Contida como uma fera em uma jaula
Escapando aos pouquinhos, de gota em gota

Nenhum comentário:

Postar um comentário