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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Infância Perdida

As crianças não saem mais nas ruas pra pegar doce!!!! Que infância chata essa agora!
Lembro-me dos dias q sai pra pegar doces pelas ruas.... com minha mochila e vontade... contando com a sorte e com a boa vontade das pessoas que me diziam onde era o próximo ponto, check point , saia pela manhã e voltava para casa só pra matar a fome. Então voltava a caça... como um caçador de relíquias, investigando rua a rua, casa a casa, lote a lote. Infiltrava-me, em meio as mãos esvoaçantes, gritos e empurrões conquistava mais um premio, enchia a mochila de troféus, cada um mais delicioso q o outro. Lógico, tb tinham aqueles pontos estratégicos... onde o troféu era bem mais cobiçado... esse agente ja sabia a hora q aconteceria a disputa. 
As crianças corriam pelas ruas, a adrenalina pulsava, onde seria a próxima casa?
No final do dia, vinham as contas... quem pegou mais troféus... quem foi mais rápido, mais sagaz.... então durante dias, meses aqueles doces enfeitavam o lugar mais cobiçado da cozinha, a geladeira!
Então eu paro,olho e reflito..... - Que infância chata essa agora!

Luz da Compaixão!

Como um ponto de luz em meio as matas densas na escuridão da ignorância atrai insetos e seres carentes de calor e luz própria.
Assim são os seres Iluminados que adentram as matas escuras do vale da ignorância. Onde seres caídos no véu da escuridão e egoismo, carentes de luz e calor habitam e esquecem de si mesmos, cabe a nós ajudar uns aos outros, lembrando-os de nossas divindades Búdicas.
Uma vela que se acende hoje, pode apagar com o vento da mudança... e somente outra chama pode reacende-la.
Esta chama-se compaixão!
Namastê

Ass: Hélio Ricardo Cabral Cardoso

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Contemple o AMOR


O momento de contemplação é um momento divino!
Ao olhar o seu rosto, lindo, belo, esqueço de mim mesmo
Esqueço dos problemas, esqueço das vicissitudes do mundo 
Perco-me em virtudes, viajo sem sair do lugar.

No momento de contemplação,
vejo a face de Deus espelhado em um olhar.
Vejo as ondas em câmera lenta,
Vejo as folhas voarem sem sair do lugar.

Quando estou em contemplação,
sinto cada sentimento bom
Vejo tudo que é belo,
compreendo o incompreensível,
Sinto o inatingível, Escuto o som primordial.

O momento de contemplação é um momento onde você esquece de si mesmo e abandona o seu ego, suas máscaras e tudo que bloquei você de encontrar consigo mesmo e se tornar Um com o Todo, voltando a sua fonte original, o AMOR!


Ass: Hélio Ricardo Cabral Cardoso

sábado, 11 de agosto de 2012

Liberdade para voar






Todo momento de mudanças requer muito esforço e dedicação.
Devemos rastejar até o abrigo....  passo a passo...
Construímos um caminho longo até o local de nosso casulo.
E assim como as lagartas, devemos subir em um ponto alto
Construirmos uma casa e nela nos voltamos para dentro de nós.
E assim como uma lagarta, devemos romper a nossa casca da ignorância.
Sair do casulo, outrora construído e lapidado para nos proteger do mundo.
Agora que sabe sua função e para onde seguir, erga-se
Abra suas asas.... E assim como uma lagarta liberte-se do seu antigo eu, rastejante e preso as dificuldades de quem não tem asas
O casulo é necessário, às vezes devemos aquietar nosso derredor, para encontrarmos nossa verdadeira quietude.
Às vezes devemos entrar no casulo, para criarmos forças para voar mais alto.
Assim como uma frágil lagarta, que rasteja ao chão cria forças para virar a mais bela borboleta.

terça-feira, 27 de março de 2012

Apegue-se ao Desapego!!!



Tristeza.. é porque vc se prende ao passado...
Ansiedade pq vc se prende ao futuro.... 
Felicidade é quando vc vive o presente. 
      Quando há desapego você acaba por viver intensamente o seu presente, vivendo a verdadeira felicidade. Ai então tudo se torna importante inclusive as coisas simples! Tudo é transitório... E o que fica no seu presente é eterno, porque é a unica coisa que temos!
Apegue-se ao desapego!!!

Namastê

domingo, 25 de março de 2012

Tu és o Glorioso



Quando se é botafoguense, não escolhemos somos escolhidos, então ser botafogo é mais do que simplesmente vencer, ser botafogo é ter o peso de carregar o glorioso no peito, como uma medalha de honra ao mérito, ser botafogo e aceitar os momentos de fraqueza do time e torcer até mesmo quando se julga impossível, ser botafogo é ser escolhido para ser o melhor e não tremer diante das dificuldades, lutar até o ultimo minuto e sentir a estrela Solitária brilhar até na mais profunda escuridão, ver aquele brilho solitário se juntando com vários outras estrelas solitárias... assim como o universo que é feito de inúmeras estrelas, formando assim um belíssimo céu estrelado... Ser botafogo é ser parte de uma constelação de uma estrela só! Ser Boatafogo é simplesmente tudo! 

domingo, 11 de março de 2012

Silêncio e Som

Você é o som e eu o silencio... assim tal como o coração funciona por intervalos de som e silencio... se faltar uma dessas qualidades não haveria mais um pulsar... e toda a vida enviada até as pontas dos meus dedos se extinguiria.  O som e o silencio existem porque ambos se completam!!!!

sábado, 3 de março de 2012

A beleza de aceitar





As pessoas tem q aprender a respeitar o inevitável... aceitar as leis maior.... 
Isso só gera eternos resmungões, insatisfeitos e sempre querendo achar alguma coisa pra reclamar! 
Somos aquilo q pensamos... somos fruto do q criamos. 
Tudo está conectado.. e devemos aprender a respeitar O TODO, e enxergarmos a beleza dessa eterna dança entre o Yin e o Yang.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O caminho




Caminho entre os mundos
Entre a luz e a escuridão
Caminho pelos vales, verdes de paixão
Caminho pelo mundo... Nos mundos da agonia
Caminho o dia inteiro... Caminho todo dia

Busca alguma coisa
Que vc não pode dar
Busca a liberdade... 
Que os povos querem buscar

Caminho contra as trevas
Caminha pela Luz
Caminho de onde ela... 
Trouxe a sua cruz

Com os olhos no horizonte
Vejo o por do Sol
Vejo o chegar da noite..
Sinta a fome da escuridão
Que escurece vossas mentes
Que escurece seu coração

Caminha noite e dia...
Caminha até cansar
Não sei se um dia 
Eu vou te alcançar

Mas minha fé é minha amiga... E não me deixa abalar
Eu acredito em mim... E por isso vou lutar
Luto com ardor... Atravesso os continentes
Derroto os sete mares, e nas trevas eu cravo os dentes

Derroto com meu corpo, minha alma enfim.
Porque alem de tudo... A fé está em mim
Enquanto houver esperança... E todos em si acreditar
Um mundo de esperanças um dia reinará.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hare hare











O Amor é o sentimento mais puro.... e mais complicado ser entendido..... Para amar você deve baixar a guarda.... e somente os fracos tem medo disso.

Somente os puros de coração entendem a verdadeira essência do amor.

namastê 

by: Hélio Ricardo Cabral Cardoso

Transmutação eterna







Tudo está é constante mutação... tudo está se movendo, nada esta parado no universo.... assim como as moléculas então você não pode se apegar a coisas que não são o que realmente são... porque tudo é instável.. tudo muda... nada é a mesma coisa sempre
assim como o dia vira noite... a água evapora e vira gelo... assim como fogo e entra em combstão e logo depois apaga... assim como a vida e a morte, o claro e o escuro.... a luz e as trevas .... se vôc se apega a qualquer coisa.. então está se apegando a coisas que não fazem sentido apegar... porque nem você mesmo é igual sempre... voc~e muda constantemente.. e o apego impede de certa forma essa mudança.
Então isso impede sua evolução como pessoa e espirito... é como se te aprisionasse em uma garrafa
e dando a você a forma da garrafa...
nessas horas você deve ser como a água...
não só nessas horas.. mas quase sempre
a água é como a vida.. é o que dá a vida
como ja disse um grande mestre chamado Bruce Lee:
-Be wather my friend!
Seja água ...se estiver em um bule seja um bule
se estiver em uma xícara... seja a xícara... mas nunca deixe de ser a água
é complexo pq como você pode desapegar de tudo mas não deixar de ser você mesmo?
ta lendo?
O que vai te faz evoluir é a pergunta.. e me faz evoluir também... porque tudo isso que eu estou escrevendo ...! você pode estar cagando pra tudo isso!!!
Mas, no momento em que escrevi... eu estava me auto analisando e questionando a mim mesmo.. o que é bom
porque as perguntas me fazem evoluir... sempre!!!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Colo de Gaia











Agradeço a ti pelo fruto que nos alimenta
Agradeço a ti pelo sombra que nos conforta
agradeço a ti pelas cores que nos alegram
Agradeço a ti pelo alento que oferece as aves, aos insetos e a todos os seres que em ti veem 


os braços da mãe natureza


Agradeço a ti por cada fotossíntese gerada




Agradeço a ti por cada vida que sustenta e a cada ecossistema que constrói
Agradeço a ti Grande Mãe por cada braço teu que serve de alento aos seres viventes e astrais.
Agradeço a ti por cada árvore na face da terra, pois é uma extensão que nos dá a vida.


Feliz dia da Árvore!!!

domingo, 10 de abril de 2011

Tudo ou Nada



Tudo surgiu, Tudo sumiu
Todas as cores, todas as dores
Nada está só, Nada se vai
Nada é em vão, Nada é razão

Toda emoção, Todo querer
Tudo é vontade, Todo você
Nada se vai, Nada decai
Nada é dor, nada é amor

Tudo está só, Tudo é razão
Tudo se vai, Tudo abstrai
Nada é vontade, Nada é querer
Nunca emoção, Nunca você

Tudo existiu, Tudo se viu
Nada decai, Nada surgiu
Nada odiar, Nada falar
Todo querer, Amar você 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Canto dos Pequenos


Vejo pelos montes uma luz azul brilhante
Vejo no horizonte aquela luz surgir
Diante dos montes de mata verdejante
Com pequenos homens a cantar

Flores coloridas iluminam o céu
Como vagalumes a passear

Cante essa canção, a canção da vida
Tudo é brilhante com a luz do luar
Campos verdejantes me indicam a ida
De um caminho mágico a trilhar

Atravesso as trilhas em passos silenciosos
Suas orelhas pontudas estão a escutar
Uma bela canção vinda da montanha
Uma bela canção vinda da montanha

Cantada por pequenos homens que gostam de dançar
Cante essa canção, a canção da vida
Tudo é brilhante com a luz do luar
Campos verdejantes me indicam a ida
De um caminho mágico a trilhar
  
Cante essa canção, a canção da vida
Tudo é brilhante com a luz do luar
Campos verdejantes me indicam a ida
De um caminho mágico a trilhar

Poesia de Esperança e Amor a Gaia


Como o vento do norte, frio e gelado
As sombras da Wyrm se tornam claras
Toda a vida sã se torna doentia e depravada
AS florestas, os bosques, os rios e as montanhas,
Tudo se torna obscuro e frio,
Do portal de Arcádia até o mundo de Gaia
Toda a natureza corrompida e suja em um enorme vazio
Mas há uma luz e ela brilha,
Essa luz está em um lugar onde jamais nenhuma perturbação alcançará
Está em um lugar onde somente Gaia reinará
Um reinado absoluto e vivo, quente e cheio de vida
Este lugar é onde nosso coração está
Enquanto houver canções e danças de louvor a Gaia
Jamais a “besta louca” irá ganhar
Abra seu coração ao mundo e Gaia o abraçará
Tomando o que é seu de volta
Trazendo a Paz ao nosso lar.

Hayato Chiba “Veloz das Mil Folhas”

domingo, 3 de outubro de 2010

A poesia



A Poesia agradece,
Agradece ao mar, que me faz molhar meus pés
Trazendo a sensação da vida a minha alma
Agradece a noite, que me inspira com seu luar
Agradece aos ventos, que inundam minha mente de criatividade


A poesia agradece
Agradece a chuva, que cai a abrandar minha alma
Agradece as florestas, que alimenta meu corpo e meu espírito
A poesia agradece a música, ao silêncio
Ao lixo e a limpeza, a tinta e ao papel
A poesia agradece ao poeta, por escreve-la


A poesia agradece a falta de poesia
Porque é o que faz sentir falta de ti
Agradece a alegria e a tristeza,
A poesia agradece aos extremos,
Porque nesses momentos sempre se inspira um poeta

A poesia agradece por ser lida e por não ser lida
A poesia agradece por existir

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os olhos da calma


As ondas cobrem meus olhos
Não vejo o Horizonte
Tudo que vejo é seu olhar
Seu olhar, sua alma, e sua calma
Sinto as ondas baterem em mim
Não sei qual é a verdade de minha alma
Não sei o que seu coração diz
Não sei o que procurar
Vejo um grande universo diante de mim
Um universo para desvendar
Seus olhos negros e profundos
Como a mais calma noite de luar
A lua está ali... E ela me diz
 A felicidade está onde procurar
E toda a vida se tornara real diante dos olhos
 Estes que eu eis de me apaixonar

Saberá quando acontecer
Tudo ao seu redor irá nascer
Toda a vida em cores
Antes em preto e branco, sem amores
Agora eu vejo o quanto estava cego
Diante desses olhos sem rancores
Somente a vida e uma fada das flores
E uma voz soa daquele campo cheio de cores
Sou aquilo que você quiser ouvir, ver e sentir
Um dia eu fui a Lua, hoje sou a ninfa dos amores
Sou a voz do seu coração...
Sou a vida e amor que se esconde de suas dores.

Diante de tanta solidão
Aqueles olhos voltam a si
Mergulhados na escuridão
Ele pensa em não desistir
A mesma voz toca seu peito
E seu coração acelera
Ele olha profundamente os olhos negros a sua frente
Agora ele reconhece essa donzela
Fora da solidão de sua alma
Enxerga o amor em sua calma
E tem a certeza absoluta
Que a solidão não foi à falta
Mas sim o exagero de sua própria alma
Em um mar revolto em ondas de emoção
Onde a única verdade não é o que vê com o olhar
Mas sim o que sente com o seu coração.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Homem Trovão - Martir egoista


Exagerado ou não
Vivo como um trovão
Horas me acendo em clarão
Horas me vejo cair no chão


Descarrego no que tocar
Intenso tal que chega queimar minhas mãos
Nascido dos céus morrendo no chão
Um semi-Deus ou semi-humano
Abrindo caminho dos céus para este plano


Caminhar com as estrelas não pode ser possível
Na ausência de luz clareia-me a mente
Como a trovão que surge dos céus
Caminhando solitário de encontro ao chão


Disperso a vida então
Uma passagem rápida e evidente
Como a luz de um trovão
Que não passa despercebida pela gente.


Assim como as ondas do mar
Que logo vem e vão
Deixando sua marca na areia
Desenhando sob meus pés um cordão


Tão marcante quanto um raio
Tão intenso quanto um clarão
Mas essa marca não se apaga
Muda apenas de posição


Sua posição nunca é a mesma
Seu desenho não repete, então...
Como um raio não cai duas vezes
Na mesma direção


Enquanto as ondas vêm e vão
Um raio apenas vem ou vai
Que desce como um clarão
Trazendo consigo o céu que cai

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Prisão Mental





O homem é escravo de sua própria dor

Sua prisão é sua mente

Sua liberdade é sua consciência

Consciência de que seus limites são impostos por suas próprias fraquezas

Limites impostos pela mente vazia e sem rumo

Cujo único objetivo é ser escravo de si mesmo.





Ass: HamsterHélio Ricardo ( HamsterHélio Ricardo )

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Seja como à Água



Meditemos a respeito dos dizeres chineses do século XI, sobre o poder da água:

A água conquista submetendo-se. Ela apaga o fogo, mas o fogo nada pode fazer contra a água, a não ser evaporá-la, mas ela – a água – continuará a existir em outra forma; a água passa pelo ar, que nada pode fazer para detê-la, mas é impossível respirar debaixo d’água; a água fertiliza a terra ou a transforma em lama, mas o que pode fazer uma rocha contra o mar?


Autor: I Ching

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Em alguma direção...





Diante da névoa que se abriga até onde posso ver, não vejo o fim da estrada
Não vejo o fim, não sei onde vou parar ou se vou parar um dia
Não consigo controlar meus passos, mas sigo atrás de algo
Minhas pernas me levam... Um passo de cada vez
Não enxergo um palmo a minha frente, mas tenho certeza do caminho que sigo

Caminho mais rápido, quase corro,
Não sei o que é, mas algo me parece familiar nesta sensação
Um brilho especial reluz como um clarão
Como uma lâmina afiada reluz ao brilho do luar
Mesmo em meio à neblina, enxergo aquela luz, aquele olhar
Meus passos seguirão a mesma direção, inconscientes de onde vão,
Mas conscientes de onde deveriam estar

Estive ao seu lado sem ver-te, estive ao seu lado sem saber
Mas sempre soube onde era o meu lugar,
E aquele brilho no olhar.... Ah!!! Aquele olhar
Foi mais que um sinal para me guiar
Foi onde pude ver, e com minha própria vontade te alcançar
Sem neblina para me atrapalhar, meus pés seguiram sem comando
Mas cheguei, e pude ver aquela Luz, por onde eu estava andando...
E a certeza que estava justamente onde deveria estar.




Nossas vidas são feitas de escolhas,
Escolhas são feitas de atitudes...
Atitudes são feitas de vontades e desejos
De vontades e desejos são feitos o amor e a vida.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Vendas da alma





Lágrimas de sangue invadem minha face já fria
Não consigo enxergar, tudo parece sumir diante de meus olhos
Não posso enxergar, não há luz
Quando se está na luz e subitamente se cai nas trevas
É difícil acostumar-se a escuridão
O escuro parece ainda mais escuro
Relaxo minha vista cansada, não quero voltar a enxergar
Transformo-me em nada, fico vazio de mim mesmo
Transformo-me no vácuo, pelo menos desejo isso

Dentro de mim, tudo se move
Tento não lembrar-me da luz,
Isso me causa dor em pensamento
Prefiro acostumar-me as trevas

O ar gelado manifesta-se com as sombras,
Cada toque seu em minha face, algo congela em mim
Palavras frias tomam minha mente,
Invadem meus ouvidos, congelam o meu coração

Meu corpo queima, mas estou com frio
Meu peito é tomado pela angustia e pela dor
Não vejo nada em minha frente
Não enxergo,
Mas minhas vistas cansadas se acostumam aos poucos com a escuridão

Agora posso sentir, vejo a mim mesmo
Não vejo a escuridão,
Vejo-me, escuro e sem luz
Eu sou minha própria luz e escuridão
Eu sou minha própria vontade e depressão
Eu sou minha própria felicidade e aflição

Agora vejo na escuridão que antes me cegou
Eu sou a própria Luz do meu caminho
E a própria treva de minha visão
Eu sou o segredo de mim mesmo
E as próprias vendas da escuridão.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Renascendo....




Tons de cinza inebriavam minha vista cansada
Certo tom trágico tomou o lugar que já estava tomado por teias de aranha e insetos abissais
Nada parecia ter um rumo definido, tudo parecia distante, inatingível
Minhas mãos se tornavam pesadas, eu estava fraco...
Rastejei-me pelo cômodo empoeirado, o cheiro de mofo tomou minhas narinas
Não consegui distinguir a vida da morte...
Ambas caminhavam juntas sem nenhuma distinção


Escutei uma voz, parecia distante, uma voz suave e delicada
Continuei escutando aquela voz, não sei como, mas sabia de onde vinha
Aquele pedido de socorro escoava em meu peito, traduzia todo o que eu sentia
Senti certo calor em meu rosto, o que já era um sinal de vida
Quanto mais me aproximava de voz, mais meu corpo se aquecia
Toquei em algo, senti minha mão arder em brasas


A vida que já abandonava o meu corpo voltara,
Renascendo como uma Fênix renasce das cinzas
Avistei em meio à escuridão, aqueles olhos
Estes me traduziam a vida em um segundo
Bastou-me fitar este olhar, para que toda a vida invadisse meu corpo


Sentia sua mão tocar minha pele... Como a chama tocava o gelo
Derretendo toda a escuridão a sua volta,
Sua voz então invadiu minha mente, já desnorteada pela escuridão
A lucidez veio a mim após um toque especial
Parecia úmido e quente, tocou-me os lábios....


Como se Gaia soprasse a vida por toda a parte...
Sopramos a esperança em nossos pulmões
Como uma conexão natural entre os pólos
Uma conexão entre a vida e a morte
O que nos leva de encontro à eternidade de nossas existências
De encontro ao eterno ciclo da vida

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Janelas da alma




A noite parecia agradável, convertendo a angustia do sol em admiração pela lua
A lua estava lá, firme e forte, uma leve brisa toca seu corpo
Um alívio repentino tomava o lugar, um gosto amargo e refrescante ainda residia em meus lábios
Lembro-me do primeiro gole, o suor proclamava a angustia e o pesar da terra que aplacava sobre a humanidade.
Entretanto, a Lua dava-me o castigo de um amante eterno.

Uma bela mascara, escondia-lhe a face, vestindo suas expressões... Com um branco frio, inexpressivo e incrivelmente romântico.
A luz cor de prata refletia no único lugar visível de seu rosto, os olhos
Os olhos são a janela da alma, e como todo bom abrigo, deve existir uma janela
Aqueles olhos eram opostos a tudo que aquela máscara me propõe pensar
Enquanto sua superfície gelada e fria, branca como a neve se tornava tão gélida quanto o inverno do sul
Seus olhos refletiam a luz do luar com ardor e paixão, derretendo toda neve a sua volta

Não há como esconder o amor, quando seu oponente é a frieza da solidão.
Olhando o luar e a nuvens que passavam; As estrelas que brilhavam, uma leve brisa tocava-me a face,
Dançando delicadamente com as nuvens que viajavam pelo céu, as folhas das árvores eram sacudidas de leve, como uma mãe acaricia a cabeça de um filho ao dormir
Aquele olhar parecia fazer parte deste momento, natural e desprendido da solidão
A Lua tentava atingir lhe a face, escondida sob a superfície gélida e branca,
Deixando escapar apenas aquele olhar,
Onde a luz da lua pode revelar-me a verdadeira expressão do amor
Contida como uma fera em uma jaula
Escapando aos pouquinhos, de gota em gota

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Alvorecer





Diante dos céus eternos que me rodeiam
Caio em terra
A glória divina está ao meu lado
Porque quando um anjo verdadeiro cai
Abre uma enorme cratera de luz e justiça
Que se espalha ao seu redor.
Diante da penitencia divina
Os opositores dos Céus cairão
Erguer-se-ão na imensidão do universo
E nunca mais erguerão suas mãos para a lei divina na Terra.

Ass: Hélio Ricardo Cabral Cardoso

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vestes de Luar



Um ar de cautela, um passo atrás do outro, caminha cuidadosamente sobre piso de madeira já podre e mofado... Um aroma de flores, poeira, um breu invade a minha visão que já estava turva.


A única coisa que iluminava era a luz do luar, agora coberto pelas nuvens pesadas da chuva que anunciara,

O telhado velho e desgastado pelas ruínas do tempo fazia ecoar o som penetrante das primeiras gotas de chuva...

Pensava em dormir, já estava cansada e com sono, há dois dias sem dormir

Olheiras tomavam-lhe o lugar dos olhos, sua cor era pálida como a mais densa névoa...

Um passo atrás do outro, cuidadosamente senta ao chão, cansada, apóia os cotovelos em cima das próprias pernas, sua mente gira, a fome já o consome...

O tempo parece parar... O Sol nunca nasce... -Não posso dormir.

Passaram-se apenas meia hora desde que chegou ao sótão.

O cheiro de verniz e mofo do piso de tabuas corridas lhe sobe as narinas, sente tocar-te como uma velha lembrança aconchegante...


Lareira, lenha, neve e chocolate quente com biscoitos amanteigados, as flores colhidas ainda na primavera, cultivadas em casa quase mortas, pessoas a viam, falavam e cumprimentavam, “- Bom dia madame”.

A noite era sempre só, sem cumprimentos, sem chocolate quente, sem biscoitos. O frio Parecia mais intenso desta vez do que nas noites anteriores, sentia-me fraca. Não me via mais no espelho, e a noite nunca passava...

Minha camisola, já suja não me deixava levantar... Pesava-me no corpo, me empurrava para baixo, forçando-me a sentar...

Não dava mais um passo atrás do outro, mas me arrastava pelo piso úmido, o ecoar das gotículas de chuva pareciam trovoadas na minha cabeça, vozes me tomavam a mente...

Aquela camisola, com brilhantes, era muito bonita para estar suja desse jeito, não via a hora de trocar o piso... A noite parecia eterna.


Meu corpo ficava fraco, não sei o que era os ossos ficavam cada vez mais expostos, minha pele estava seca, queria um creme de amêndoas, nem lembrava mais do seu cheiro, queria pelo menos lembrar-me do cheiro.

Toda podridão do local tomava conta, Minha consciência pedia desejo, limpeza, mas algo interrompeu o raciocínio, um espelho em minha frente mostrou-me a verdade.

Roupas caras, Vestimentas de Luxo, Cavalos que valiam o preço da casa que vivia sua empregada.

Sua camisola parecia pesar uma tonelada, o cordão de prata poderia arrancar-lhe o pescoço só com o peso.


Lembrei-me de tal ocorrido, pedras rolando e gritos apavorantes, olhei e avistei uma criança, parecia ser um menino, queria ajudar, acabara de sair de casa, o vestido era novo, tudo que fizera foi chamar ajuda, basta uma mão, e nada faltaria nem mesmo a vida.

Nada teria sentido se não acabasse de perceber, vermes saiam de meu braço já putrefato, não sentia a carne de minhas nádegas, nem o volume avantajado de meus seios, a dor tomava conta do meu peito, mesmo que gritasse ninguém me ouviria, nem eu mesma.

Tudo se traduziu em dor, a vida de vantagens, trapaças e desejos, algo me fazia falta, um prazer pleno seguido de sons de harmonia pecaminosa.

Tudo era frio, a lua não aparecia mais, as gotas de chuva que congelavam logo que tocavam o chão agora era a única coisa que a fazia manter consciente.

Anos dor a agonia parecem se passar, a neve não para de cair, eu fico a olhar aquela lua que nunca se mexeu. Tons de prata tomam minha visão a neve parecia agredir menos minha pele morta tomada pela neve, nem mesmo os vermes sobreviveriam.

Um calor passou pelo meu corpo, certo alívio também, uma voz toca-me o peito.

Era familiar, há anos não escutava esse tom rouco e firme de dizer,... -Não tenha medo.

Segui a voz, a neve parecia sumir sob meus pés, a luz do luar parecia ganhar um calor solar ao tocar meu corpo, Lótus brancos surgiam no caminho como se guiassem meus passos.

Caminhava até um rio que desembocava no mar, sua pele tomava tons de prata, seus pés se misturam ás águas que tocava, sua pele refletia a luz da Lua enquanto tomava forma aquosa e límpida.

Sentiu uma imensa vontade de gritar de felicidade, sentiu-se imensa como o mar, a luz do luar agora parecia fazer parte de seu próprio corpo.


Perdi a o valor pela roupa.... Já estava velha, me corpo já era cadavérico, nada me servia, a dor era insuportável.
Olhando para o céu, olho ao longe a janela do sótão que antes me abrigara da chuva e disse: vestir-me-ei com o luar, me banharei na chuva do inverno, me aquecerei nos braços da luz da consciência, e tornarei o mar o meu corpo, para que possa sempre olhar essa noite de Luar nos quatros cantos da Terra, aquecida com o seu olhar, onde mora o meu amor e para onde devo voltar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Voo da Liberdade






Minhas mãos tocam o céu, sinto as nuvens em meus dedos
O sol já vai brilhar e clareará meus olhos
Não desisto de lutar, ainda vejo o fim do túnel
Não quero parar, não vou parar
Não quero cair, não vou cair



Seguro nas nuvens como se pudesse voar
O Sol me ajuda a ver, me ajuda a ser quem eu sou
Enxergo em mim o que não via no escuro
Preciso voar o mais rápido que puder
Não vou cair, não vou cair
Não vou parar, não vou



Tudo se vai, me sinto nu
Não quero tênis, roupa, casa ou roupão
Viajo a um lugar onde não há derrota ou vitória
Vou ao encontro do ser que me acompanha,
Vou atrás da consciência que me guia
Vou deixar que o céu caia sobre mim
Para que diga que pelo menos fui feliz
Para que diga que agora sei quem sou.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Lua não pode ser Roubada



Ryokan, um mestre zen, vivia o tipo mais simples possível de vida em uma pequena cabana no sopé de uma montanha. Uma noite, um ladrão visitou a cabana e surpreendeu-se ao descobrir que não havia nada nela para ser roubado.

Ryokan voltou e surpreendeu-lhe.

- Você provavelmente veio de longe para “me visitar” - disse ele ao gatuno - E não deve voltar com as mãos vazias. Por favor, tome minhas roupas como um presente.

O ladrão ficou completamente desnorteado. Ele pegou as roupas e escapuliu.

Ryokan sentou-se nu, observando a lua.

-Pobre rapaz... - ele pensou - "Gostaria de poder dar-lhe esta bela lua."

Não se pode roubar nada de quem não cultiva apegos e desejos.


Conto Zen.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Meu Lugar


Um raio de luz cruza a escuridão, brilhante como o luar
Não vejo nada alem de um palmo a frente de meu nariz
Mas vejo aquele feixe de luz branca de imensa pureza e de rara beleza
Uma alegria súbita me toma o peito, não vejo mais ninguém, não tenho ar
Só um sorriso branco como a luz do luar, radiante como o sol de Veneza

Seus olhos me traduzem o amor do mundo
Suas palavras me mostram a direção da paz
Mesmo sendo instintivamente dura e áspera
Sinto amor e ternura em cada som que manifesta, aliás,
Até quando manifesta o silencio, seu olhar me leva ao Elíseos

Como um moinho de ventos, que trás para si tudo aquilo que toca
Tocou meu coração levando-o para o olho do furacão
Arrastou-me como uma semente ao vento
Semeando sua luz em meu peito que estava ao relento
Trazendo-me a um lugar que jamais pensei estar
No colo de Afrodite com você eu vou deitar

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dia de Luar





Algo subitamente me desperta
Os olhos cegos ainda da escuridão dos sonhos
Minhas pálpebras se descolam lentamente, não vejo ninguém
Um imenso clarão invade minha visão... Deixando-a turva
Levanto-me, visto as roupas... Ocasionalmente dormi nu.
O calor da noite me fez lembrar um dia de sol
Parecia que o sol brilhava em plena noite

Fui em direção ao banheiro, urinei e deixei esvair toda a minha dor
Era um momento raro de felicidade, por alguns segundos fui ao céu e voltei
Terminei o ato de higienização, como se tirasse um “encosto”, senti-me leve
Café reforçado, banana, aveia e mel
Esse mel às vezes era mais psicológico do que funcional
Um gosto de fel tomava meu peito, o mel era necessário.

Como em uma vida perfeita, a corrida matinal
A roupa combinava tênis de mola, trabalhava 5 horas por dia
No céu, algo que para todos era banal
Enquanto pássaros cantavam a luz do sol, o que lhe chamou foi o luar
Um céu azul, ensolarado, em uma manhã de sábado
O gosto de mel era tomado e o fel de seu peito subia-lhe a boca
Cada vez que seus olhos cruzavam seu caminho
O luar jogava-lhe o gosto amargo do fel

Lembranças amargas furtavam-no a beleza e o doce da vida
Lembra-te deles? Diz sua consciência
Amor assim nunca viu igual.
A luz do luar refletia em seus olhos aqueles corpos suados
Cada gota de amor escorria de seus olhos, esvaindo em choro e angústia

A lua parecia não se mover mais
O sol nasceu; um cheiro doce invadia o local
Sua roupa refletia a angustia de um poeta louco
Tons de branco e manchas vermelhas tomavam a cena
O suor daqueles corpos apaixonados se tornou grudento e fétido
Assim como sua visão da vida, tornara-se seco e sujo, às vezes um pouco incômodo

Sons de pássaros em seus ouvidos, o sol batia em seu rosto
Uma leve brisa tocava sua face, crianças corriam pelas praças
Enquanto isso um pouco de vida entrava em seu peito
Crianças têm o dom de rejuvenescer, parece que tem uma chance de recomeçar

Mas algo lhe chamava, aquela voz parecia chamar seu nome
A lua estava ali, só q desta vez não brilhava
Estava apagada, assim como o seu amor pela vida
Seu amor parecia ter ficado naquela noite de luar
Seu amor se esvaiu em lagrimas e ódio

Suas mãos pareciam tremulas como daquela vez
O gosto do fel parecia não ter fim
Resolveu por um fim nesse jogo
Agora iria dar a volta por cima

Voltou para onde havia começado
Seu quarto estava ainda como antes
Vedado e nunca mais visitado,
Só o que permanecia ali era o cheiro da morte

Resolveu corta o mal pela raiz
Nunca mais veria o luar
Fecha os olhos não era mais suficiente
Então com as mesmas mãos tremulas, segurou uma faca
Esta ainda com a marca de suas mãos
Nela havia o mesmo cheiro doce do mel
Era seu chamado, o amor que lhe esperava

Aquele cheiro tomava lhe o peito, um cheiro que não sentia desde o casamento
Sentia-se agora realizado, é sempre bom resolver problemas
A forma de acabar com os seus era, cortando a fonte de seus problemas
Agora não sentirás mais o gosto do fel, assim como a lua não brilha de dia
O amor não causa dor a quem não tem coração

Seu olhar fita ao céu pela janela do quarto
A lua parecia estar no mesmo lugar,
É como se não houvesse mais tempo e espaço
Seu peito estava preso em um enorme buraco, ausente de luz e dor
Seus pés tocaram um dos corpos já com moscas

Um único golpe, suas mãos não tremem mais
O cheiro doce que invadirá o quarto já uma vez invade novamente
O gosto do fel se dissolve e escorre pelo seu peito
Extinguindo a fonte de todos os pecados e dádivas de sua vida
E a única coisa que resta é um belo dia de Luar