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sexta-feira, 12 de março de 2010

Homem Trovão - Martir egoista


Exagerado ou não
Vivo como um trovão
Horas me acendo em clarão
Horas me vejo cair no chão


Descarrego no que tocar
Intenso tal que chega queimar minhas mãos
Nascido dos céus morrendo no chão
Um semi-Deus ou semi-humano
Abrindo caminho dos céus para este plano


Caminhar com as estrelas não pode ser possível
Na ausência de luz clareia-me a mente
Como a trovão que surge dos céus
Caminhando solitário de encontro ao chão


Disperso a vida então
Uma passagem rápida e evidente
Como a luz de um trovão
Que não passa despercebida pela gente.


Assim como as ondas do mar
Que logo vem e vão
Deixando sua marca na areia
Desenhando sob meus pés um cordão


Tão marcante quanto um raio
Tão intenso quanto um clarão
Mas essa marca não se apaga
Muda apenas de posição


Sua posição nunca é a mesma
Seu desenho não repete, então...
Como um raio não cai duas vezes
Na mesma direção


Enquanto as ondas vêm e vão
Um raio apenas vem ou vai
Que desce como um clarão
Trazendo consigo o céu que cai